sábado, 13 de agosto de 2011

PAI




Era apenas um garoto quando vi você partir,
Meu peito ainda dói ao lembrar como sofreu
Para naquele dia me olhar e conseguir sorrir,
Pois em teu peito sabia que era o último adeus;

Como é difícil, pai, deitar à noite e não poder dormir
Ao sentir no peito a dor que a lembrança ainda traz,
E ter que mesmo assim a duros passos prosseguir,
Sem tua mão amiga, que me é uma falta a mais...

O tempo não parou, pai, não me deixou saída,
Me vi contra a parede, e sem escolha resolvi viver;
Minha professora nestes anos foi a própria vida,
Que me obrigou antes da hora a ter que crescer.

Mas creio que um dia ainda vou te encontrar
Nos céus, entre anjos, arcanjos e querubins;
Peço que de onde estejas não deixes de me guiar,
Pois sem tua benção, pai, a vida é muito dura para mim!

Depois de tantos anos ainda sonho com você,
E choro ao acordar, pois no sonho tinha a tua paz...
Faltam-me até as palavras para descrever
Num mero poema, papai, a falta que você me faz!
                                                          

Gabriel oliveira