quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

INOCÊNCIA

Quando criança, eu e meu irmão, costumávamos brincar  em cima do muro que rodeava a pequena casa onde morávamos. Lá de cima, desejávamos as deliciosas frutas que pendiam das árvores no quintal do vizinho. O que nos impedia de buscá-las não era a moral de não fazer o que é errado (afanar as frutas do quintal). O que nos impedia mesmo era o pastor-alemão, que vociferava todas as vezes que subíamos no muro da casa pequena onde morávamos. 
Nada como um dia atrás do outro.
Um dia é da caça, outro do caçador.
Pois bem! Nos dias em que o animal era preso, coitadinho! Pulávamos serelepes, ávidos em torpor de alma em busca das frutas mágicas que nos seduziam.
Goiabas, muitas goiabas, lindas, cheirosas, que perfumavam nossos desejos naqueles tempos que nunca voltarão.
A menos que os lembre...